Dicas de Leitura, Livros Clássicos

 

Viviane França
 
Olá! Como vocês estão? Fim de semana está chegando e já separei algumas produções que eu estou curiosa para assistir. Uma delas é O Homem Invisível, obra do escritor britânico H.G. Wells, um visionário para sua época. Wells escreveu ‘A Máquina do Tempo’ – o meu livro favorito! -, ‘A Ilha do Dr. Moreau’ e ‘A Guerra dos Mundos’. Produções que ganharam adaptações para o cinema, assim como ‘O Homem Invisível’. No Prime Video há três adaptações da história: ‘O Homem Invisível’ de 1934 – será esse que irei assistir -, ‘O Homem Sem Sombra’ de 2000 e ‘O Homem Invisível’ de 2020.

Vocês já leram esse clássico? Que tal conversarmos um pouco sobre a história e as questões abordadas pelo autor? Vamos lá então...

Será que alguém resistiria à vontade de praticar algum ato errado se não houvesse testemunha? O que o poder pode fazer com a integridade moral do homem? O homem pode não ser corrompido?

Em uma noite gelada, numa cidade isolada da Inglaterra, surge um desconhecido que atiça a curiosidade dos moradores. Com o rosto coberto de bandagens, mãos enluvadas, agasalhos da cabeça aos pés e um chapéu, ele procura abrigo na hospedaria Coach and Horses.  Ríspido, misterioso e de poucas palavras, ele deseja não ser incomodado. Mas os moradores curiosos irritam nosso Homem Invisível que se revela para eles. Perseguido pelos moradores, assustados com o forasteiro, o Homem Invisível, cujo nome é Griffin, torna-se violento e inicia atos de crimes. Afinal, como ninguém pode ver ele e não há testemunha, ele não pode ser acusado ou preso.


Na obra do escritor H.G. Wells, quando o físico encontra a fórmula para a invisibilidade, ele pensa que ela lhe trará poder e liberdade. De fato, a invisibilidade permite que Griffin cometa furtos e atos de violência quase perfeitos. Mas o preço que ele precisa pagar pela invisibilidade é muito alta. Mesmo feliz com seus aparelhos, suas experiências, seu novo mundo, o físico torna-se uma pessoa solitária e intolerante. Uma pessoa sem moral e escrúpulo.

“(...) Eu achava que meus problemas tinham terminado, e que eu agora estava livre para fazer o que quisesse, tudo, menos revelar o meu segredo. Pelo menos, esses era o meu pensamento. Fizesse o que fizesse, as consequências não teriam importância. Eu precisava apenas livrar-me das minhas roupas e sumir. Ninguém poderia me deter. Eu poderia apanhar qualquer dinheiro que visse... Sentia-me extraordinariamente confiante, e agora não é muito agradável lembrar como fui tolo.” (Cap. XXIII – Em Drury Lane - p.167)